sábado, 22 de março de 2008

Os exemplos das grandes nações democráticas para o mundo

"Britain and France to take nuclear power to the world: Brown and Sarkozy agree joint measures on energy and illegal immigration".

Energia nuclear e imigração: o neoliberalismo hipócrita no seu melhor.

3 comentários:

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

se consideras neoliberalismo o controle sobre o tráfico de seres humanos, a entrada de imigrantes ilegais para a exploração da obra civil, se consideras neoliberal o uso de uma energia potencialmente benéfica como a nuclear, que não causa distúrbios no ambiente, então eu sou um "neoliberal".
a verdade é que se em vez de chirac fosse ségoléne, e em vez de brown fosse outro qualquer, dizia-se que era uma empreitada da esquerda europeia em vista À protecção ambiental e dos direitos humanos.
mais uma vez noronha, não te consegues libertar de certos lugar-comuns e de estereótipos.

Francisco disse...

Manel,

a notícia com que conotei o neoliberalismo, como pode vêr qualquer pessoa com a capacidade de leitura, não fala nem uma vez em "controlo sobre o tráfico de seres humanos". Isso foi o que tu quiseste ler. Mas não está lá, lamento. A notícia até é do Guardian, mas a ilusão foi mesmo tua.
Quanto à energia nuclear, o teu problema aqui chama-se desconhecimento e facciosismo. Desconhecimento porque a energia nuclear causa efectivamene distúrbios no ambiente. Apesar de eventualmente se ruma energia mais "limpa", não deixa de afectar o ecossistema. Por outro lado, é engraçado o "uso potencialmente benéfico" que atribuis à posse de energia nuclear por Inglaterra e França. Especialmente quando andamos há décadas a clamar pelo desarmamento nuclear. Especialmente porque estas e outras potências ocidentais continuam a possuir e a desenvolver armas nucleares. Especialmente quando estas potências o fazem, e ao mesmíssimo tempo condenam e sancionam quem faz o mesmo. Especialmente quando se invade um país com base numa mentira relacionada precisamente com a suposta posse de armas nucleares e químicas.

Se fosse a Segolene, não sei o que diria, mas desde já aplaudo a tua capacidade transcendente de prevêr opiniões futuras. Já agora, porque não tentas advinhar se os EUA alguma vez vão chegar a ratificar o Protocolo de Quioto? Isso sim, seria uma verdadeira empreitada.
Se Segolene e outro qualquer pm fizessem um acordo deste género, em que o que nos é dito é o que está na notícia do Guardian e não o que tu distorceste e acrescentaste, eu diria exactamente o mesmo. O complicado é que, nestes moldes, Segolene dificilmente se comprometeria num acordo destes.

Manel, deixa-me que te diga que a tua avaliação quanto às minhas posições me dizem muito pouco. E assim o é, porque comentários deste género vindo de pessoas que dizem transpirar em si neoliberalismo económico e simultaneamente o sistema social do BE, não têm muita credibilidade. São um pouco ridículos, sabes. Onde não há coerência, a credibilidade perde-se. E a confusão marca pontos.
Ah, mais uma coisa: não sei que "lugares-comuns" ou "estereótipos" são esses. Era interessante se os clarificasses. Porque, se forem os valores que eu considero fundamentais numa sociedade democrática, tolerante e solidária, além de não me "conseguir" libertar deles, não QUERO libertar-me deles.

Um abraço

Manuel Marques Pinto de Rezende disse...

"The immigration package will include:

(...)

· An increase in the number of French undercover officers targeting gangs smuggling people into Britain"

isto quanto à defesa dos direitos humanos. de todos aqueles que são traficados por agentes de imigração ilegais.

"Britain hopes to take advantage of French expertise to build the power stations that do not rely on fossil fuels. Nearly 79% of France's electricity comes from its highly-developed nuclear power industry. The UK's ageing nuclear plants are ready for decommissioning and supply 20% of its energy needs."

se a energia atómica for usada para bons propósitos, não vejo porque não seja usada.posso ser muito inocente no que digo, mas não interligo necessariamente a energia atómica usada como combustível ao holocausto nuclear.