quarta-feira, 20 de maio de 2009

Assim se acabaram as híbridas reverências.
não porque o desejo fugiu
mas porque outra coisa surgiu.

Não sei que sinta
os olhares não mais se cruzam
e as palavras
deixaram de ser tinta.

Já não secam.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ao ler este poema parecia rever-me numa situação pela qual passei outrora...

As vezes ligamo-nos ao passado e desprezamos o que surge de novo, de repente, temos o passado que sempre quisemos, e descobrimos que perdeu valor porque, sim, o novo era mais importante!!! As vezes é tarde demais.... mas às vezes mesmo quando os olhares não se cruzam,e parece que a tinta secou, nem que seja só para nos encontrarmos e sabermos o que sentimos, mais vale, agarrar o novo e deixar o passado lá trás.... As crises só mostram o que realmente é importante para nós.. Comigo foi assim.. mas é só uma interpretação subjectiva do teu poema, se é assim contigo, nao sei, só tu saberás... Tens o poder de nao te sentir nu..

um abraço

Street Fighting Man disse...

as que não secam são das boas. aquelas que ficam em sangue vivo da parte de dentro da testa e não saram