segunda-feira, 27 de abril de 2015

palo seco

Há dias, ia eu a pé para o escritório quando, no meio da avenida civilizada, asseada e moderna, um excêntrico acontecimento prendeu a minha atenção: um gato morto, deitado de lado, esventrado, vermelho de sangue. Ali, no passeio, sem mais, os transeuntes contornando-o e fingindo não constatar a barbárie óbvia. Hoje, no mesmo percurso, um pouco mais atrás, uma enorme casca de ovo (sem o respectivo no interior) praticamente intacta no passeio, destacada de tudo, perto das ervas daninhas. Tal como com o gato, parecia um sonho. Pensei logo naquela expressão do "palo seco" e em como alguém estava a pregar umas partidas ao meu rotineiro quotidiano.

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